Páginas

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Jin no Budo (O Caminho de Guerra do Homen) (The War Path of Man)


Jin no Budo (O Caminho de Guerra do Homem)

Devido a alguns questionamentos que vem sendo propostos na internet sobre a autenticidade dos ensinamentos transmitidos a nós por Hatsumi Sensei, ensinamentos cujo ele recebeu de Takamatsu Sensei, me entreguei à reflexão. Gostaria de compartilhar com meus Buyus um pouco dessa reflexão, e chamar atenção para pontos essenciais que todo praticante deveria considerar.

Não vou ocupar espaço com os questionamentos, acredito que todos que usam a internet e praticam nossa arte estão interados do seu contexto. Primeiramente, gostaria de chamar atenção para um fato, que é respaldado pelo contexto histórico e que se apresenta constantemente na narrativa de Hatsumi Sensei sobre o Ninpo – que o Ninpo surgiu, antes de qualquer coisa, como uma filosofia e uma prática espiritual. Sob a influência dos conhecimentos Budistas, Taoistas e Xintoístas os Yamabushis desenvolveram uma cultura própria baseada em princípios que consideravam sagrados, mas estas influencias não se limitavam ao espiritual, e pela própria necessidade de sobrevivência, a luz da perseguição que sofriam, e pelo contato com toda sorte de Ronin e outros guerreiros de terras estrangeiras, se desenvolveu um sistema marcial de sobrevivência. Vale mencionar que a influência marcante do Mykkio (Budismo Tântrico), e sua devoção a Fudo Myo (O Rei da Luz Inabalável), deus padrinho das artes marciais, permitiu que não houvesse contradição entre a espiritualidade e a marcialidade, mas isto é assunto para todo um trabalho a parte.

As considerações acima são importantes para contextualizar a idéia de que se há um sistema de marcialidade ele deve existir com o propósito de proteger algo. Alguns praticantes se empenham nos aspectos técnicos do Taijutsu e se tornam ótimos lutadores, mas perdem o sentido da arte ao ignorarem aquilo pelo qual o Taijutsu foi desenvolvido para nutrir e proteger. A situação se torna mais complicada num sistema que não ver separação entre mente, corpo e espírito. Portanto, sem compreensão das sutilezas espirituais nem mesmo a pratica técnica pode ser desenvolvida corretamente. Isto é, considerando que o bom Taijutsu implica em não lutar, enquanto o oponente luta sozinho. É de fato uma técnica de evasão. Neste contexto, temos o que poderíamos chamar dos praticantes Chi (Terra).

Do outro lado da moeda temos os entusiasmados com espiritualidade. Praticantes que buscam um caminho de espiritualidade e se deleitam em ver exibições do Sakkit Test e praticam (ou imitam o que podem do) Kuji e toda sorte de meditação e prática exótica associada ao Ninpo. Estes praticantes fariam melhor em se juntarem a um mosteiro e se dedicarem a alguma religião. Considerando o fato que ignoram a realidade de um combate físico real e mesmo diante de técnicas obviamente mortais, que empregam espadas, lanças, armas de fogo e explosivos, jamais se colocam na posição de testar se a movimentação que eles vêm praticando, em câmera lenta e contra resistência zero, funcionaria contra um ataque real. Estes poderiam ser chamados de praticantes Ten (Céu).

Dessa forma temos pessoas que enxergam o mundo pelo prisma dos sentidos e outras pelo prisma do simbólico, temos o cientista e o sacerdote, mas dos dois, quem é o Ninja? Poderia ser ele o Homem (Jin), aquele que persevera meio as realidades de Ten e Chi? Poderíamos dizer que o Ninpo (método da perseverança) é um caminho de crescer em percepção e compreensão dessas duas dimensões enquanto sobrevivemos às forças titânicas que nos afrontam por dentro e por fora? E poderíamos dizer que a chave para isso não é nem símbolo nem razão, mas sim intuição em ação, conhecimento instintivo súbito diretamente associado a ação. Corpo, mente e espírito unidos (Shi Gi Tai). E se a resposta for sim para estas perguntas e temos no engano uma chave central para sobrevivência não é correto que um Ninja utilize desta chave para zelar pelas jóias espirituais e técnicas que ele conquistou ao longo de sua caminhada? Numa tradição onde Kuden (Transmissão Oral) é chave inclusive para decifrar os pergaminhos não é tolice discutir se os documentos são autênticos ou não? Será que nos tornaremos seres mais conscientes por conta de verificação antropológica? Nossa habilidade de se defender aumentará porque algum intelectual autentica este ou aquele documento? Peguemos estes argumentos e contemplemos o porque do descaso com o qual Soke aprova graduações de pessoas obviamente longe da suposta habilidade.

Acredito que a verdadeira sinceridade contenha a solução para toda controvérsia. Esta sinceridade a qual me refiro é a sinceridade consigo mesmo. No fundo todo mundo sabe onde está o desequilíbrio, muitos simplesmente não querem se dar o esforço de trabalhar aquilo que não vem com facilidade. Mas independente das inclinações pessoais, Soke vem apontando para a direção correta, resta cada um seguir por esforço próprio. Todos aqueles que já deram alguns passos de certo se divertem com tantos questionamentos, e logo então se entristecem por não contarem com estas pessoas para compartilhar o indescritível prazer de viver resultante desta caminhada.

(English Translation)

Due to some questioning that is being undertaken on the internet about the authenticity of the teachings transmitted to us by Hatsumi Sensei, teachings which he received from Takamatsu Sensei, I gave myself to reflection. I would like to share with my Buyu a little bit of this reflection, and call attention to essential points every practitioner should consider.

I´m not going to use up space with the specifics being questioned, I believe everyone who uses the internet and practices our art are up on the subject.
First of all, I would like to draw attention to a fact, that is backed up by historical evidence and that presents itself constantly in the narrative of Hatsumi Sensei about Ninpo – that Ninpo emerged, before anything else, as a philosophy and a spiritual practice. Under the influence of Buddhist, Taoist and Xinto knowledge the Yamabushi developed a culture all their own based on principles they considered sacred. But these influences did not limit themselves to the spiritual, and by the very need for survival, in light of the persecution they suffered, and by contact with all sorts of Ronin and other warriors from foreign lands, they developed a martial system for survival. It´s worth mentioning the prominent influence of Mykkio (Tantric Buddhism), and their devotion to Fudo Myo (The Unshakable King of Light), patron god of the martial arts, that allowed for there not being any contradiction between spirituality and the martial aspect, but this is subject for a whole other work apart.

The above considerations are important to contextualize the idea that if there is a martial system it should exist with the purpose of protecting something. Some practitioners dedicate themselves to the technical aspects of Taijutsu and become great fighters, but they lose the meaning of the art in ignoring that which the Taijutsu was developed to nurture and protect. The situation becomes more complicated with a system that does not see any separation between mind, body and spirit. Therefore, without understanding of the spiritual subtleties, not even the technical practice can be developed correctly. That is, considering that good Taijutsu implies in not fighting, while the opponent fights by himself. It is indeed a technique of evasion. In this context, we have what we could call the Chi (Earth) practitioners.

On the other side of the coin we have the spiritual enthusiasts. Practitioner that search for a spiritual path and find pleasure in seeing exhibitions of the Sakkit Test and practice (or imitate what they can of) Kuji and all sorts of meditation and exotic practices associated with Ninpo. These practitioners would do best in joining a monastery and dedicating themselves to some religion. Considering the fact that they ignore the reality of a real physical combat and even in the presence of obviously deadly techniques that uses swords, spears, guns and explosives, they never put themselves in a position to test if the movement they have been practicing, in slow motion and against zero resistance, works against a real attack. These practitioners could be coined as Ten (Heaven) practitioners.

In such a manner we have people who see the world by the prism of the senses and others by the prism of the symbolic, we have the scientist and the priest, but of the two, who is the Ninja? Could he be the Man (Jin), one that perseveres amidst the realities of Ten and Chi? Could we say that Ninpo (method of perseverance) is a path of growing in perception and understanding of these two dimensions while surviving the titanic forces that confront us from within and from without? And could we say that the key to this is neither symbol nor reason, but rather intuition in action, sudden instinctive knowledge directly related to action. Body, mind and spirit united (Shin Gi Tai)? And if the answer is yes to these questions and we have in deception a central key to survival isn´t it correct for a Ninja to utilize this key to care for the spiritual and technical jewels that he has conquered along his journey? In a tradition where Kuden (Oral Transmission) is key even to deciphering the scrolls isn´t it silly to discuss if the documents are authentic or not? Is it possible that we will become more enlightened beings by means of anthropological verification? Will our ability to defend ourselves be heightened because some intellectual authenticates this or that document? Let´s take these arguments and contemplate the reason why for the carelessness with which Soke approves the promotion of people obviously far from the supposed level of ability.

I believe that true sincerity contains the solution for all controversy. This sincerity to which I refer is sincerity with our very self. Deep down everyone knows where their unbalance is, many just don´t want to put in the effort to work out that which doesn´t come as easily. But regardless of personal inclinations, Soke is constantly pointing towards the right direction, it´s up to each one to follow by merit of their own effort. All of those who have taken a few steps already surely smile at so much questioning, and then suddenly become saddened because they will not have the company of these people to share the indescribable pleasure of being alive that results from traveling on this path.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Gadai - Os Cinco Elementos



Os cinco elementos (godai) são respectivamente (Chi, Sui, Ka, Fu e Ku) que são Terra, Água, Fogo, Ar e o Vazio. Cada um desses elementos diz respeito não necessariamente a terra ou ao fogo propriamente dito, mas a variadas combinações de calor, frio, umidade, secura, solidez, etc. Portanto um pensamento pode corresponder a um dos elementos, da mesma forma que uma determinada técnica pode ser impetuosa e violenta como o fogo ou sutil e incompreensível como o vento. Além das cinco técnicas que compõem o Sanshin no Kata (Kata dos Três corações) que são nomeados segundo os elementos, pode-se dizer que tudo que fazemos se encontra em um estado correspondente a um dos cinco elementos. Em Ucho Gasho no Kamae, o entrelaçar dos dedos é remanescente dos mudras (entrelaçar complexo dos dedos) budhistas que deram origem a prática de kuji-in do Shugendo (práticas esotéricas do budismo Mykyo). Hatsumi Sensei explica que esta Kamae (atitude) representa a unificação com o universo. Cada dedo representa um dos elementos, começando pelo mindinho representando Chi (Terra) e cada lado do corpo representando in yo ou ying e yang, positivo e negativo. Ao unir as mãos e entrelaçar os dedos representamos nossa atitude de unificação dos opostos e poderíamos inferir que as mãos representariam um sexto elemento que discutiremos adiante.

Podemos também dizer que nosso progresso segue um padrão similar. Começamos com Ashi Sabaki (movimentação dos pés). Este é um dos aspectos fundamentais da base do Taijutsu (combate desarmado) e o próprio Taijutsu é a principal ferramenta de desenvolvimento neste caminho. Se estivermos no lugar errado, na hora errada estamos perdidos. Podemos também inferir que este nível do treino envolve o aprendizado das técnicas marciais. Então temos a fluidez de movimento que se assemelha a água. O fogo vem com a convicção e força de espírito que somente anos de treino pode no conceder. No ar está a sutileza, o desapego às técnicas e ao uso da intenção livre do desejo de resultado. No vazio, todos esses elementos cancelam uns aos outros dando origem ao mundo misterioso de Kyojitsu (intercambio entre verdade e falsidade), pode-se se dizer que ele se caracteriza por um estado de consciência denominado Mushin (não-mente), representa um ponto de harmonização dos opostos.

Cabe agora abordarmos um sexto elemento, não que seja bem um elemento, mas o trataremos assim para uma melhor compreensão. Trata-se do que Hatsumi Sensei tem chamado de I-Shiki (conhecimento/consciência/deus). Este conceito foi revelado recentemente (2004), mas desde o início Sensei explicava as técnicas mais esotéricas da arte como Kiai (harmonização de energia), Kuki Nage (arremesso sem contato físico), KiHaku (vomito de energia), etc. como provenientes do “Pensamento e Olhos de Deus”. Essas técnicas referidas como Kami Waza (Técnicas divinas) não podem ser “treinadas”, são dons concedidos de acordo com a necessidade, resultantes da plena interação do Budoca (artista marcial) com o Divino através da disciplina na senda do budo. Representa a imersão da percepção num estado de transcendência além dos opostos.

(English Translation)

Soon to be posted.

Shinnenjutsu – 心念術 Parte 2: “Propriocepção " (Shinnenjutsu Part 2: "Proprioception"




Em Parte 1 deste artigo sobre Shinnenjutsu, falamos sobre Percepção Visual, e como ao controlar a percepção visual de seu oponente, se controla de fato sua mente.

Agora vamos examinar um pouco das coisas realmente divertidas: Propriocepção, e como você pode tomar controle da mente de outra pessoa através do toque. Essa área é muito comentada na Bujinkan (termos de sinestesia como; relaxe, não use força, etc.), mas compreender o mecanismo de controlar a percepção dos outros através do toque, e como aplicá-lo, é outra questão totalmente distinta.
Deixe-me afirmar aqui que isso de forma alguma é a resposta “definitiva” e completa para a “magia” que Hatsumi Sensei e alguns dos Shihans demonstram, mas serve para conduzir ao longo de uma grande distância, para dar-lhe um jogo de ferramentas que lhe permitiram ver e compreender, bem como realizar, os tipos de coisas que Sensei faz com seu Budo Taijutsu.

Antes de se aprofundar, precisamos compreender um pouco sobre o que é Propriocepção.


O Sentido Proprioceptivo se refere ao input e feedback sensorial que nos informa sobre movimento e posicionamento corpóreo. Isto é, a posição do corpo em relação a si próprio (ex. os braços em relação ao dorso), e o corpo em relação ao que quer que esteja tocando (o chão, uma cadeira, outra pessoa, etc.). É um dos “sentidos profundos” e pode ser considerado o “sentido de posição”.
Seus “receptores” (denominados de proprioceptores) estão localizados dentro de nossos músculos, juntas ligamentos, tendões, e tecidos conectivos. A pele, quando esticada ou beliscada, também desempenha um enorme papel em percepção de posição.

Se esse sentido proprioceptivo não estiver recebendo ou interpretando informação corretamente dentro desses músculos, juntas etc., então nos referimos a Disfunção Proprioceptiva.

Sem mensagens apropriadas a respeito de se os músculos estão sendo esticados, se as juntas estão se dobrando ou esticando, do quanto de cada uma dessas coisas está acontecendo, as pessoas terão os seguintes sinais “clínicos” de Disfunção Proprioceptiva (na verdade uma doença)...
• “Planejamento motor” dificultado, ex. conceitualizar e descobrir o que cada parte de seu corpo precisa fazer para mover-se de certa forma ou completar uma tarefa (o que é um sentido inconsciente para nós, se torna um sentido consciente, frustrante e ativo para eles).
• Dificuldade em executar aqueles movimentos planejados; “controle motor” (o cérebro pode saber o que fazer, mas não conseguem fazer seus corpos fazê-lo).
• Dificuldade em “graduar o movimento”; saber quanta pressão é necessária para completar uma tarefa (ex. segurar um copo de água, segurar e escrever com um lápis, virar a página de um livro, bater uma bola de golfe até o buraco, etc.).
• Dificuldade com “estabilidade de postura” ; ex. a habilidade de segurar e manter os próprios músculos posturais e suas respostas, dando a si um senso de segurança durante o movimento.

Como você pode ver com o que foi mencionado acima, esse sentido de Propriocepção é um componente chave e enormemente importante para nós no estudo do Budo Taijutsu. Por mais que não estejamos criando um estado permanente de Disfunção Proprioceptiva, os efeitos imediatos são os mesmos e, portanto, úteis para nossos propósitos.

Relacionada à idéia de Disfunção Proprioceptiva é a idéia de Dissonância Proprioceptiva.

Dissonância significa desentendimento ou incongruência, a idéia de Dissonância Proprioceptiva se refere a uma situação onde o sentido proprioceptivo está sendo dado duas ou mais mensagens diferentes, causando a mente a enviar informação comprometida de volta para o corpo.
(É importante notar que sua resposta proprioceptiva está no nível do sistema nervoso que possui um tempo de resposta muito rápido, não o muito mais lento processo de pensamento consciente de ordem superior que tipicamente associamos á “mente”).

Agora que temos uma definição de Propriocepção e porque poderíamos querer causar Disfunção e Dissonância Proprioceptiva, vamos ver algumas formas de implementá-la em nosso taijutsu.


Disfunção Proprioceptiva

Primeiramente, os receptores nas juntas enviam duas peças de informação importantes para a mente:
• Amplitude de movimento
• Velocidade de movimento

Amplitude se refere a distancia que uma junta se moveu, enquanto velocidade, é claro, se refere ao quão rápido uma junta está se movendo.

Amplitude
Então, quando uma junta (braço, perna, cabeça, etc.) está se movendo longe demais, seus proprioceptores enviam um sinal alertando sua mente que você precisa fazer um ajuste. Se um atacante o segura em “kumiuchi” e você responde empurrando ou puxando seu braço, seu corpo irá naturalmente se ajustar a fim de manter uma posição forte e equilibrada.

Você pode usar essa reação de duas formas.



Método 1:


A primeira é não mover os braços (relativo ao dorso do oponente), mas mantê-los no mesmo lugar e mover o corpo ao redor deles. Nisso é onde o princípio de “mover o corpo ao redor da arma e não a arma ao redor do corpo” (sabaki gata) vem à tona.

(Não se prenda na palavra “arma”, no caso de omote gyuaku, a “arma” é o punho, ou a parte que você está utilizando para controlar seu oponente. É muito semelhante a um fulcro e seu corpo é a alavanca).

Na Bujinkan Zero Point Dojo aqui no Japão, usamos a idéia de Contato Inicial (o momento em que você “entra em contato” com seu atacante) para transmitir o princípio de sabaki gata. (No momento que ocorre o corpo a corpo, haverá uma “forma” a onde seus dois corpos estarão conectados, então olhe para os ângulos entre os braços e dorso do oponente – essa é a forma).
A fim de que você possa criar Disfunção Proprioceptiva, você precisa deixar essa “forma” a mesma enquanto se move com os pés, até o ponto onde o equilíbrio dele for tomado, mas não tão longe que ele tenha que tomar um passo ou cair. Se você movê-lo além desse ponto, o sentido de equilíbrio dele irá se ativar e ele recuperará a própria estrutura.
(Isso talvez seja um pouco difícil de fazer no início, mas virá rápido com um pouco de prática).

A coisa importante aqui é isso: seu oponente acreditará que seu equilíbrio e estrutura estão bem, porque você manteve pequena a amplitude do movimento.

A outra peça importante relacionada a isso é velocidade.

Velocidade

Quando falamos em velocidade aqui, é sempre relativa a velocidade do atacante. Você quer essencialmente espelhar o tempo de seu movimento. No exemplo acima para kumiuchi, se seu atacante coloca tensão em seus braços e lhe pressiona, você deve se mover no tempo dessa pressão. Isso soa auto-evidente, mas a maioria de nós irá querer mover-se mais rápido numa tentativa de “vencer nosso oponente à reta final” por assim se dizer. Isso é contra produtivo para a meta de controle mental.
Você provavelmente é familiar com o conselho de ir devagar enquanto pratica seu taijutsu. Além da necessidade de adquirir habilidade (pelo qual você precisa fazer primeiro devagar, então gradualmente em velocidades mais rápidas a fim de conseguir integração máxima) existe outra razão para se mover devagar: isso engana o sentido proprioceptivo de seu oponente (shinnenjutsu).

A fim de demonstrar isso, pegue o braço de alguém por perto e puxe-o com força, você verá como ele automaticamente ajustará para acomodar e se tencionará. Isso se chama de stretch-reflex (stretch = alongar), é uma ferramenta proprioceptiva e seu propósito é proteger o músculo de incorrer dano, essa reação (o apertar dos músculos em torno da parte do corpo sendo puxada com força) é amplificada numa situação de alta tensão. Isso também significa que você estará ajudando seu oponente gerar mais força contra você. Ao menos que você esteja confiante que é capaz de sobrepujar em força qualquer pessoa que você encontrar, tente evitar isso.
Igual a controlar a percepção visual de nosso oponente, você quer se mover primeiro, mas mover-se lentamente. Quando você sentir que está se movendo lentamente o bastante, tente move-se mais lentamente ainda. Na prática, leve ao mais lento possível enquanto se mantém uma boa estrutura.

O Segundo método para brincar é;


Método 2:

Propositadamente mover o braço do seu atacante para gerar a resposta proprioceptiva que você precisa dele.
Novamente, a partir de kumiuchi, dessa vez você pode empurrar com seu braço direito no braço esquerdo dele como se você fosse aplicar mushadori, ao mesmo tempo girando o próprio corpo e suavemente escorregando seu cotovelo esquerdo sobre o braço direito dele. No momento em que ele reagir ao movimento de seu braço esquerdo (resposta proprioceptiva) ao corpo dele ser tencionado na tentativa de evitar que você aplique o mushadori, você então cai direto para baixo, capturando o braço direito dele com seu esquerdo no “verdadeiro” mushadori! Esse é um exemplo mais óbvio de shinnenjutsu.

____________________


Dissonância Proprioceptiva
Ao se implementar Dissonância Proprioceptiva buscamos enviar sinais incorretos ou incompletas ao sentido proprioceptivo, de fato controlando a mente de nosso atacante através do engano. Agora, com Dissonância Proprioceptiva, nós tomaremos controle da mente de nosso oponente (sentido proprioceptivo) através da confusão (enviando informação demasiada e/ou incompleta).

A fim de fazer isso com sucesso há vários princípios de movimento que você precisa implementar:

• Muitos Pontos de Contato – cobrir como “Filmito” o corpo dele com o seu”.
• Empurre – Não Puxe.
• Use movimentos 3 dimensionais (espirais ou arcos).
• Mover-se ao espaço que eles precisão ocupar no próximo movimento.
• “Deslizar” juntamente aos contornos do corpo


Muitos Pontos de Contato:

Na Bujinkan somos advertidos a manter “o maior número de pontos de contato possíveis”. A compreensão comum disso é porque nos permite “controlar” (através do sentimento) o que nosso oponente está fazendo. Isso é bastante verdadeiro, mas há outra razão pela qual é tão útil, porque todos esses pontos de contato estão enviando informação para o sentido proprioceptivo de nosso oponente (ele também está sentindo), o que significa que podemos mandar a informação que queremos mandar, criando Dissonância Proprioceptiva (controle mental).

Eu uso o termo “filmito” (o plástico que se usa para embrulhar comida e guardar na geladeira), porque, quando você cobre comida, o filmito assume a forma da comida, mas não chega a mover a comida!

Porque você tem esses pontos de contato, você pode aplicar pressão com todo o corpo, (joelhos, cotovelos, quadril, etc.) não apenas as mãos. Isso significa que a mente de seu oponente está ocupada tentando acompanhar todas as fontes de informação que está chegando, muito mais do que está acostumado a lidar no dia a dia. Já que você está “cobrindo” o corpo de seu oponente, você pode aplicar pressão específica pela estrutura do seu oponente.
(Como aplicar pressão será abordado a seguir)


Empurre não puxe:
Essa idéia é um pouco mais difícil de comunicar em termos do que é intencionado com “empurrar e puxar”. Em termos gerais, a força da sua pressão deve viajar para fora do corpo (empurrar), não viajar de volta para o corpo (puxar). O movimento da sua força quando está fazendo uma flexão é, obviamente, um empurrar; o movimento de aplaudir é um puxar, pois se suas mãos não parassem uma a outra elas continuariam a viajar até tocarem o corpo.
Quando você estiver tocando seu oponente, ele estar dependendo de você para feedback proprioceptivo que permite eles manterem equilíbrio e postura – de fato, você o esta apoiando. O ato de empurrar remove este apoio. Puxar faz o oposto; ao puxar, ele se move para mais perto de seu centro, o que dar a eles quantidades crescentes de informação válida que o sentido proprioceptivo deles irá tirar vantagem.


Use Movimentos Tri Dimensionais (Espirais ou Arcos):
Dissonância Proprioceptiva ocorre ao se receber informação demasiada ou incompleta. Portanto, queremos usar movimentos mais complexos (3D), ao invés de movimentos menos complexos (2D).
Se você empurrar o ombro de seu oponente diretamente para trás isso envia alguma informação para o sentido proprioceptivo dele, se você empurrar seu ombro em um arco em direção a linha fraca dele (90 graus em relação a linha que atravessa os calcanhares dele), isso envia uma quantidade vastamente maior de informação para o sentido proprioceptivo dele. Agora, se você empurrar os quadris dele num arco de 90 graus em relação ao arco pelo qual seu ombro está sendo projetado, você sobrecarregará o sentido proprioceptivo dele, mais uma vez controlando sua mente.
Mova-se ao Espaço que Ele precisa Ocupar no Próximo Movimento:
Conforme você se move em torno de sue oponente, mantendo bastante contato, empurrando ao longo de seu corpo, não empurrando, você precisa se mover ao espaço que ele precisará no PRÓXIMO movimento. Hatsumi Sensei está sempre falando sobre “tsugi tsugi” o próximo próximo, significando, observe para onde seu oponente terá que se mover no próximo movimento a fim de lhe atacar com sucesso, então tome o espaço (controlando o kukan).

Por Exemplo; se você empurrar alguém a seu quadrante esquerdo, traseiro, você precisará mover-se em torno do corpo e até esse espaço primeiro! A essa altura, ele estará levemente encostando-se a você, pois você ainda estará os “envolvendo” como filmito, o que significa que ele está agora dependendo em você para o próprio equilíbrio e sentido de posição. A partir dessa posição é bastante fácil “apagá-lo” visto que não poderá responder apropriadamente a qualquer coisa que você fizer.
(Como você pode imaginar, a fim de fazer isso bem, você terá que está muito próximo a seu oponente. Ao treinar. Eu falo em mantê-los em sua “zona de abraço”, o lugar onde alguém estaria se você estivesse abraçando-os. Isso significará menos distância a se cobrir.)

Deslizar Juntamente aos Contornos do Corpo:

Hatsumi Sensei faz isso frequentemente, ao invés de empurrar seu oponente, ele gentilmente “desliza” seu braço ou perna ao longo do corpo de seu oponente. Há uma resposta de toque que reage a isso, causando o corpo a se mover para longe do toque. Se você empurrar forçosamente o efeito é negado.
Por exemplo; se você colocar levemente a sua mão esquerda no ombro de seu oponente, então deslizá-la ao longo da costa dele ao ombro oposto, você descobrirá que ele trocou o próprio equilíbrio para frente de seu pé esquerdo.
(É Claro que se ele souber o que você está fazendo com antecedência ele resistirá e se moverá de outra forma!).

Já que isto é uma mudança sutil, é mais útil quando seu oponente já está se movendo.
A fim de realmente apreciar isso (e todos os fatores de Dissonância Proprioceptiva), deve ser sentido pessoalmente. Qualquer um que já treinou com Hatsumi Sensei já o ouviu dizer isso. Outra coisa que Sensei diz, em cada aula, é para brincar como essas idéias.


Esse breve artigo realmente não tem como fazer justiça ao assunto abordado. Eu encorajo todos a examinar o papel que Propriocepção assume em nossa arte marcial e vir ao Japão e estudá-lo pessoalmente.

Se você quiser mais informação ou quiser treinar nesses conceitos diretamente, vá até: www.zeropointbujinkan.com.

(English Translation)

Go to: http://zeropointbujinkan.com/2010/01/shinnenjutsu-part-2/

Shinnenjutsu Parte 1 (Shinnenjutsu Part 1)



Este blog é dedicado a reflexões a cerca do lado Ura (interno) de nossa arte, mas ocasionalmente ele cederá espaço para textos mais técnicos. O texto a seguir é de autoria do Shihan Rob Renner e oferece uma perspectiva singular sobre detalhes técnicos fundamentais ao bom Taijutsu.

Shinnenjutsu – Parte 1
Category: TrainingThoughts / Tags: no tag / Add Comment
Shinnenjutsu – 心念術
“Controlando a percepção de seu oponente”
Também traduzido como técnica da intenção, leitura mental, controle mental, e manipulação dos pensamentos e percepções dos outros, esse conceito se encontra no coração do Budo Taijutsu.

Importante:
Ao longo dos anos Sensei Hatsumi tem usado “temas” diferentes relacionados a alguma escola em particular da Bujinkan para ilustrar ou apontar para a essência do Budo. Semelhante a ter várias pessoas descreverem o mesmo objeto, o uso por Sensei desses temas, e as interpretações deles, para nos dar vários pontos de vista a partir dos quais possamos ganhar uma compreensão do Bujinkan Budo Taijutsu. Parece haver uma linha comum em todos esses temas, isto é, a manipulação de verdade e falsidade naquilo que nosso oponente percebe. Isso parece bastante óbvio na superfície, mash ha várias muitas opiniões divergentes quanto ao que isso signifique. Eu ofereço minha própria opinião; baseada na minha busca por uma explicação científica, e reproduzível para a “mágica” que Hatsumi Sensei é capaz de fazer. De maneira alguma estou declarando possuir “o segredo” para o Budo Taijutsu, mas o conteúdo neste artigo tem feito muito para minha compreensão, e para duplicar as habilidades que Hatsumi Sensei demonstra. Eu reservo o direito de mudar de opinião a qualquer instatnte conforme informação nova e melhor surgir que permita uma compreensão mais completa da arte do Sensei.

Parte 1: Percepção Visual
O Sensei está sempre falando que o Budo não tem nada a ver com ser forte ou fraco, rápido ou lento, tem a ver com assumer a forma do ataque e então manipular o que nossos oponentes acreditam estar acontecendo – shinnenjutsu. Agora a várias formas de se olhar para esse conceito, por exemplo, pode realmente haver algum tipo de força que pode ser transmitida de uma mente para a outra, entretanto, no quanto eu sei não possuímos as ferramentas para medir tal coisa numa forma tangível e reproduzível que possa ser ensinada sistematicamente. Então, o que eu quero me concentrar é na magia que está disponível a nós, as coisas que podemos físicamente realizar com nossos corpos ao treinar. Portanto, olharemos para shinnenjutsu através da idéia de controlar as percepções de seu oponente, nos focando nas duas áreas primárias de percepção relacionadas ao movimento:
Percepção Visual e Propriocepção (Perception do posicionamento do corpo).
Por conta do tamanho e da profundidade da informação, irei cobrir essas duas áreas em dois artigos diferentes. Esse artigo cobrirá o primeiro dos dois:
Percepção Visual:
O olho humano ver primeiro Movimento, depois Forma, e em terceiro Cor.
Falando em termos gerais, o que isso significa é que, conforme você se torna consciente de algo, é o movimento (relativo a sua posição) que é primeiro percebido, seguido pela forma da coisa que se moveu, e depois, por detalhes mais refinados, como cor e textura. Como que isso nos afeta em termos de nosso taijutsu? Como veremos abaixo, é realmente os primeiros dois que a nós importa.
1. Movimento
Se os olhos veêm movimento primeiro, então isso significa que o corpo de seu oponente irá reagir a qualquer movimento repentino ou grande que você fizer. Então, nosso objetivo, a fim de controlar a mente do seu oponente, é se mover o quão pouco e mais vagaroso o quanto possível. Como fazemos isso de maneira eficaz?
A preocupação primária é a sua distancia. Hatsumi Sensei chama o Budo Taijutsu a Arte Marcial de Distância por boas razões.
Vamos usar Muto Dori como um exemplo. Enquanto realiza muto dori, Sensei nos diz para colocar nossa cabeça num lugar fácil de ser cortada, enquanto movemos nossos pés para uma posição onde não podemos ser cortados. O que isso significa?
Para início de conversa, você deve estar na beira do alcance efetivo de golpear de seu oponente, significando que ele não pode golpeá-lo sem dar um passo. Sua distância deve ser tal que, conforme ele dá um passo a frente para golpe´s-lo, você tem a distância suficiente para simultâneamente dar um passo para traz além de seu alcance, mas só o suficiente!
(Sensei diz que a diferença entre estar perto demais e longe demais é da espessura de uma folha de papel!)
Se praticar esse conceito da forma que Hatsumi sensei o demonstra, você descobrirá que mover seus pés na verdade puxa a sua cabeça para além do alcance de seu oponente. O efeito no seu oponente ocorre quando ele lhe ataca, porque, no tocante do que ele pode perceber visualmente, você não moveu sua cabeça de maneira perceptível, então ele acreditara que foi bem sucedido em seu objetivo de lhe acertar – a mente dele, através de sua percepção visual, ainda acredita que a tua cabeça estar no mesmo lugar (shinnenjutsu). Isso o fará continuar com seu (agora obsolete) ataque, dando a você a oportunidade de afetá-lo de um ponto de vantage seguro.
O oposto disso é:
Iniciando seu movimento ao mover sua cabeça primeiro, um movimento instintivo baseado no reflex de susto, que pode ser removido de seu movimento habitual através de Treinamento Progressive de Impacto. (Esse protocol de treinamento é simples, mas sera deixado para outro artigo.)
Mover a cabeça primeiro dá ao nosso oponente toda a informação que ele precisa para corregir seu ataque seu ataque “no instante” (conforme estiver atacando). Isso se dar por conta de nossa abilidade dominante de perceber movimento e corretamente triangular a destinação de um corpo em movimento (movimento primeiro!)
(Sem mencionar que ao puxar sua cabeça para for a de alinhamento com seus ombros e quadris lhe torna vulnerável para o inevitável ataque seguinte , visto que você estará momentáriamente “preso” num lugar enquanto você luta para recuperar seu centro de equilíbrio, a fim de mover-se novamente!)
O próximo component que devemos considerear a fim de controlar a percepção visual de nosso oponente é:
2. Silhoeta (Forma)
Lembre-se, a segunda coisa que o olho humano percebe é silhueta (forma). Isso se refere a nossa posição em relação ao nosso atacante. Predominantemente, queremos estar “enquadrados” ou com o dorso de frente para nosso oponente. Se você já treinou uma vez sequer com Sensei, ou mesmo já assistiu seus vídeos, você perceberá que ele usa “shizen kamae” onde ele estar de frente para seus oponentes 99% do tempo. Isso não é porque ele é velho ou preguiçoso!
Uma das principais razões é essa: quando você estar tentando controlar a percepção do seu oponente queremos dar a ele um alvo, enquanto que ao mesmo tempo podemos nos deslocar para qualquer direção. Se você estiver enquadrado, e na distância primária correta, haverá um triângulo formado pela sua testa e ombros, o cerebro de seu atacante (percepção visual) se concentrará nesse triângulo, mesmo se fizer isso consciente ou inconscientemente.
(A cabeça e a parte superior do dorso são onde adquirimos a maior parte da nossa informação visual numa situação de luta.)
Conforme ele estiver rastreando este “triangulo”, você deve estar movendo-se com os pés, ele não terá consciência de como o resto do seu corpo se moveu para assumir controle do kukan. Quase todo mundo sabe sobre o estreitamento de foco (visão de túnel) que ocorre em situações de stress elevado, podemos usar isso para nossa vantagem ao mostrar a ele aquilo que queremos que ele veja (percepção visual).
Virar seu corpo completamente de lado para seu oponente apresenta um alvo menor, muito útil se else estiver atirando flechas ou lanças em você e você se encontra em formação com muitos outros soldados, mas menos útil se você quiser esconder a direção para onde pretende se mover. Quando você está de lado, você permitiu seu oponente “cruzar seu T” como dizem nas forces armadas, significando que ele pode colocar toda as armas dele em você, mas você só pode apresentar um lado (metade, ou menos, de suas armas) para ele. Devemos nos lembrar que as pessoas quase nunca lançam apenas um ataque, e quando você se vira tanto para estar de lado, você estará aberto para o próximo ataque.
Então, esteja de frente, apresentando um alvo que seu oponente sente que pode acertar facilmente. Porque você está nesta posição, você possui a mobilidade de se mover em qualquer direção. Também, já que sua posição frontal cria uma silhueta maior, enquanto você contra ataca, trazendo suas armas para ele a partir de sua linha de centro (atauqes justos e controlados… não golpes loucos, circulares que são fáceis de discernir e se preparar), ele terá muita dificuldade em perceber o que será o contra ataque até que seja tarde demais.
(Mantenha isso em mente: quando digo coisas como “fique de frente”, eu não quero dizer perfeitamente, ou todo o tempo! Lembrem-se, isso são diretrizes, como tal, sempre haverá exceções a regra. Por exemplo: quando se estiver escorregando para frente junto a lamina em muto dori, você por necessidade irá se virar de lado para o oponente – mas apenas por um breve instante, então você estará mais um vez de frente. A coisa importante é que você possa seguir essas diretrizes a vontade, e então será sua a escolha de se mover diferenciadamente, não forçado a você por que não pode fazer outra coisa!)
Então, a fim de controlar a percepção visual de seu oponente, de fato, controlando sua mente (Shinnenjutsu):
• Use uma kamae que permita você trazer todas as suas armas a seu oponente (dorso de frente).
• Mova-se com seus pés primeiro, permitindo que sua cabeça seja puxada ou empurrada na direção que você quer.
• Mova-se o quão pouco e o mais lento possível.
Essas duas pessas: movimento e silhueta, são realmente apenas o começo. Óbviamante há muito mais ao assunto de percepção visual do que posso comentar em um artigo breve, coisas como:
• 1 movimento corpóreo, 2 passos
• Mova-se pra baixo, e então por cima
• Deixe sua cabeça no lugar, mova seu corpo
E muitos outros princípios do Budo Taijutu. Sem mencionar o estudo das teorias em mudança constante sobre a conexão do funcionamento mente/olhos. É também verdade que você não pode começar a realmente entender esse tipo de coisa sem treino suficiente sob alguém qualificado a ensiná-lo a você. Há mais muita profundidade para se compreender o movimento que descrevi acima.
Enquanto muitas pessoas já possuem uma boa noção na importância de controlar a percepção visual de seu oponente, é a segunda área, o da Propriocepção, que tem sido negligenciada, mas que no entanto segura a chave para algumas das maiores “mágicas” no budo de Sensei Hatsumi.

No próximo artigo irei introduzi-los às idéias de Disfunção Proprioceptiva e Dissonância Proprioceptiva.
Se você tem perguntas ou quer entrar em contato comigo, por favor, acesse www.zeropointbujinkan.com.
Rob Renner
Agosto de 2007

(English Translation)

Go to: http://zeropointbujinkan.com/2010/01/shinnenjutsu-part-1/